O Caminho para o Coração
Como acessar a sabedoria do nosso coração quando a situação convida ao sentir do medo e da ansiedade ?
Bem-vindos ao primeiro artigo do nosso blog.
É verdade que venho escrevendo muito nos últimos anos, até um livro. Mas ainda assim, estou aqui teclando e trabalhando para trazer o melhor de mim.
Uso a palavra “trabalhando “ não apenas por causa dos esforços óbvios, intelectual e físico, envolvidos nesse ato de escrever.
Estou falando de um trabalho mais interno, mais profundo que me possibilita acessar a minha sensibilidade, a minha criatividade e a minha capacidade de ver além dos meus limites, de intuir e de transcender.
Então o trabalho que estou fazendo enquanto escrevo, é o de deixar ir, de soltar. Ao invés de encostar na cadeira, estou sentado mais na ponta, e com os pés no chão, e deixo o resto do corpo participar do movimento das mãos que teclam da forma mais suave possível. Questiono, qual é a quantidade mínima de esforço necessária para esta tarefa? Preciso de tanta força para teclar?
Volto minha atenção de volta ao conteúdo do artigo, mas antes outra pergunta passa pela minha mente: como posso reduzir o esforço e a tensão?
Quanto mais diminuímos a tensão, mais sentimos. Então estrategicamente sigo escrevendo e criando esta qualidade fluida e leve para o movimento dos meus braços, mãos e peito.
Meu mantra: tensionar o mínimo possível, para sentir o máximo possível. E quando o assunto é sentir, temos que seguir este caminho que começa nas mãos e segue na direção dos braços até chegar ao coração.
Mãos suaves são congruentes com peito aberto, flexível, disponível. Quando a caixa torácica enrijece, as mãos regridem na sua elegância e sofisticação, ficam menos livres, lembrando que uma vez, há muitos e muitos anos, elas precisaram ser usadas como apoio.
Com as mãos e os braços livres e peito aberto, o coração se expressa com clareza, ele que não erra, não se engana, coloca à nossa disposição a sua sabedoria, e na sua presença, não temos espaço para o medo e a ansiedade, pois esses não conseguem coexistir com a flexibilidade de um tórax que se adapta através do movimento, com um ritmo adequado a cada situação. Toda a sabedoria atingida após anos de evolução aqui se expressa no ritmo, na capacidade de conexão e na ausência do medo de sentir.
Por isso, queridos leitores, neste primeiro artigo, precisei estabelecer o tom, o ritmo deste blog.
Garantir que apesar do convite para sentir ansiedade e medo que todas as experiências novas trazem consigo, empreguei além da minha capacidade intelectual e física, a habilidade que todos nós temos de sentir, de permanecer conectada com o meu coração, em um estado de disponibilidade e conexão, ao invés de recrutar os meus mecanismos de defesa que se expressam quando o medo e a ansiedade se fazem presentes.
Prometo trabalhar para que a minha escrita se torne cada vez mais transparente, que o meu blog não apenas traga o que sei, o que aprendi, mas também que facilite a sua conexão consigo, que você se torne mais presente neste corpo que habita, que você se inspire, se revele, que adquire não apenas conhecimento, mas que acesse a sua saberia.
Bem-vindos ao blog Mayoli - recebo vocês de braços abertos.